sábado, 8 de setembro de 2007

Parabéns equipe do Espaço Educativo!

Bem, cá estou eu em mais uma madrugada, pesquisando coisas legais de usar nas oficinas e cursos. Decidi dar uma "passadinha" no nosso blog pra me atualizar, já que estive fora ontem e hoje (representando a Bienal em um evento do Escola Aberta em Brasília).

Quero dar os parabéns à nossa equipe, por ter passado por essa primeira semana com muita disposição, coragem e bom humor! Turma, vocês estão indo muuuuito bem (e aí me dirijo especialmente aos mediadores)!


Quero dedicar também uma homenagem aos que estão postando relatos e comentários no blog. Parabéns, isso aqui tá ficando muito bacana! Sigamos todos o exemplo do nosso colega Zé, que todo dia, incansavelmente, dedica alguns minutos após as oficinas para socializar suas impressões e reflexões quanto às mesmas e ao processo todo.

Já somos vitoriosos, e nosso trabalho certamente vale a pena!

Continuem assim, corajosos e dispostos a superar os desafios.

Orgulhoso,
Estêvão Haeser.

a linha engessada


O José fez referência a uma fala minha, quando observava os desenhos criados numa das oficinas. Contei, então que costumo perguntar ,quando os alunos pedem régua para desenhar ,se já quebraram uma perna, se já precisaram das muletas e qual a sensação de não poder andar sem elas?

Da mesma forma, o traço do desenho fica engessado com a régua, fica duro, sem personalidade...a linha antes sonhadora e livre transforma-se em uma linha sem dono, sempre a mesma, qualquer um faz! Mas a linha livre, "sem muletas" , esta nasce da experiência com o lápis, com o papel, com todo um movimento da mão que traduz uma subjetividade!

Não as réguas!

Claro que se estou ensinando perspectiva, preciso desse instrumento...mas se estou trabalhando a expressividade do desenho, é o gesto que importa...e a linha é livre: forte, fraca, fina, grossa, rápida ,lenta, trêmula, firme...depende de cada um!

Pensem nisso!


sexta-feira, 7 de setembro de 2007

a cor do feriado
















Neste 7 de Setembro as salas das oficinas se pintaram de cor! O clima ameno que já aponta a primavera parece ter despertado todo mundo !
A Bienal teve um fluxo interminável de gente que, de pura curiosidade e prazer, formaram filas em todos os núcleos no A3. Não foi diferente com as oficicinas...pura vibração e alegria, provocados pela Maroni, Carol, Izis, Lorena, Nina, Karina, Diones e Carina. O pincel mergulhou na tinta que pingou o papel que deu forma ao acaso, que carimbou a vidraça que provocou muitos olhares e suscitou outras possibilidades de forma e de cor! Parabéns a todos nós que podemos vivenciar estes momentos!!!

Ivone

Mudando a ordem das coisas

Tiremos as coisas do seu lugar convencional.

Procuremos novos sentidos naquilo que nos cerca.

Movimentemos as coisas ao nosso redor.

Imprimamos sensibilidade nas nossas ações.

Criemos operações poéticas.





Pra que serve uma cadeira?


Você quer sentar?




Onde você quer chegar?


As coisas são sempre o que são?
Quantos sentidos podemos dar a um mesmo objeto?


quinta-feira, 6 de setembro de 2007

rel(atos)

06/09/07

RELATOS DE HOJE - José

Na primeira oficina do dia, a escola foi a Nossa Senhora da Conceição, localizada em Viamão. A turma era de 7ª série e eles iam visitar a Mostra Zona Franca.

A proposta inicial era a de fazer um passeio com eles pelo Cais para que, ao chegarem ao ateliê, mapeassem o caminho que percorreram, com base na planta baixa dos Armazéns ou mesmo que desenhassem o seu mapa. Ela foi um pouco alterada, devido ao fato de não estar com a planta baixa na mão e também à chuva.

Solicitei que evocassem da memória o caminho que fizeram para chegar até a Bienal e o desenhassem. Em seguida, foram acrescentados elementos que não estavam na paisagem e que eles gostariam que estivessem.

Bom, a turma se comportou de maneira até mais calma do que o “normal”. Mesmo assim, os resultados foram bem bons. Todos se empenharam nos trabalhos e o que se viu foi, salvo algumas exceções, coisas bem diferentes entre si. A professora Ivone, uma das coordenadora do espaço aqui, nos alertou sobre o uso da régua, que pode delimitar um pouco o traço do indivíduo. Talvez ela possa ser bem aproveitada no sentido de mostrar a diferença entre o traço reto e padrão (mapa) e o aparentemente livre e mais pessoal (elementos inseridos depois).

A segunda oficina não aconteceu segundo a proposta, mas foi bem enriquecedora para perceber a diferença entre turmas, os graus de agitação e as diferentes maneiras de reflexão sobre um mesmo tema.

A proposta inicial era, divididos em grupos, compor diferentes quadros com os corpos no espaço. A platéia desenharia os quadros e, após eles terem se modificado levemente, desenhar as mudanças. Isso proporia a mudança com o tempo, como é visto no trabalho da Beth Campbell. Bom, dá pra ver que é um trabalho que precisa de mais tempo e, com a turma agitada que foi, se torna ainda mais difícil. Mas vários elementos desta proposta podem ser pinçados, um a um, e trabalhados de maneira mais profunda em oficinas separadas, imagino.

Como conversávamos a Aila e eu, é importante mesmo crer que alguma mudança, alguma transformação, alguma percepção nova se processa, mesmo que a longuíssimo prazo. Nada de querer propor tudo de uma vez ou se desesperar se mais da metade da turma quer ir ao banheiro, como foi o que aconteceu.

Não somos os donos da verdade e se, não é conosco que a turma ou o indivíduo vai perceber a real importância de determinada coisa, como, no caso, a arte, poderá ser com outra pessoa, com um namorado ou namorada, com um jogo de videogame, com um programa de tevê.

O importante mesmo é estar empenhado e atento às pequenas brechas, nas quais dá pra se inserir para poder pensar e falar sobre o que acreditamos. No caso, aqui, através da arte, dialogando diretamente com a pedagogia. Neste caso, a brecha foi quando todos foram ao banheiro e eu pude falar brevemente com o pequeno grupo que ficou.

Aproveitemos esse precioso tempo que nos é oferecido!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

fotos







+ 1 foto


como dar outro sentido a um objeto qualquer? pode ser brincando





















Escola Gov. Walter Jobim da cidade de Viamão

quarta feira, 05 de setembro 14h50min Oficina no Espaço Educativo

20 participantes divididos em 4 grupos - materiais diferentes para cada grupo: papéis, barbantes, massa de modelar e objetos/brinquedos.

mediadora: Bárbara │ coordenador: Roger

Plantas dos espaços expositivos do Cais do Porto e Praça da Alfândega

Recadinho:

Enviei para os e-mails espacoeducativo@bienalmercosul.art.br e para o e-mail espacoeducativo@gmail.com os PDFs das plantas baixas dos espaços expositivos da 6ª Bienal do Cais do Porto e da Praça da Alfândega.

ab.

Montanha

Exercício de interpretação e representação da paisagem

5 de setembro de 2007
R4
Escola Inácio Montanha
Oficineiro: Montanha


O exercício proposto foi apresentado ao grupo junto à instalação “Marulho” de Cildo Meireles. O grupo foi convidado a conhecer o trabalho de Cildo e, logo após, fizer uma rápida leitura da obra.

Ficou claro para o grupo que o trabalho propõe uma representação de paisagem de uma forma não convencional, ou seja, não se trata apenas de um desenho, uma pintura ou uma fotografia de uma paisagem, mas sim de uma ambiente de imersão que mimetiza uma paisagem com a representação dos elementos selecionados pelo artista para compor a obra (trapiche, mar, céu e marulho).

Em seguida, o grupo foi dividido em cinco grupos menores. Cada grupo recebeu uma prancheta, alguns lápis e folhas de papel. Os grupos foram convidados a se deslocarem até a beira do cais, saindo pela porta ao lado da obra do Cildo em direção ao rio.

Ali, cada grupo deveria de observar a paisagem e selecionar os elementos que lhes interessou para criar uma representação desta paisagem. A representação proposta pelo grupo deveria procurar uma forma não-convencional de ser apresentada para os demais grupos, procurando fugir da representação bidimensional. Para isto, eles poderiam desenhar, escrever ou verbalizar a proposta do grupo como um pequeno projeto.

Encerrada esta etapa, os grupos voltaram para o espaço de convivência em frente à obra Marulho e iniciaram a apresentação dos projetos.

1- O grupo usou o desenho para apresentar a sua idéia. Eles propuseram uma instalação semelhante à do Cildo Meireles, porém, as cores originais do trabalho (azuis) seriam trocadas por preto para representar a poluição do rio e do ar em Porto Alegre. No meio dos livros espalhados para representar a água (que também seriam pretos) haveria lixo.

2- O grupo também usou o desenho para apresentar a sua proposta que consiste em um desenho de observação da paisagem invertido ou girado. A intenção, segundo os autores, é modificar o olhar sobre a paisagem, como faz o artista venezuelano, também participante da mostra ZF, Muu Blanco.

3- Este grupo também propõe uma paisagem representada com a cor preta como símbolo da poluição ambiental. No desenho consta a frase “Para os turistas o rio Guaíba pode ser limpo mas, para nós porto-alegrenses, não!”.

4- O grupo propôs um desenho de observação da paisagem a partir da grade do cais.

5- Também retratou a sujeira e o lixo nas águas do rio.

a explicação não está na fala

05/09/07

OFICINA 1: A experiência.

Então, como dizia, ontem o Estêvão e eu nos deparamos com a planilha de oficinas e vimos que estavam requisitando intérprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para recepcionar uma turma. A escola foi a Padre Reus, de 8ª série e a experiência foi melhor e pior do que esperávamos. Vamos aos fatos.

Recepcionamos a turma e, na entrada fomos advertidos pela professora da necessidade do intérprete que esteja ligado ao campo das artes, o que é bem diferente de um intérprete como ela, que é professora deles. Pois bem. Julgamos, ainda assim, que os cartazes que produzimos no dia anterior serviriam para nos comunicarmos com eles.
Entramos na sala e iniciamos com um BOM DIA! escrito e passamos aos exercícios. Um breve aquecimento e a divisão em grupos. Se foi um tanto difícil a comunicação através dos primeiros cartazes, de apresentação, foi mais difícil ainda que eles captassem a proposta do exercício através das descrições de ações que passamos a eles.
Ei-las:

FUI À FEIRA.
COMPREI TOMATES NUMA BANCA.
ENTREGUEI À OUTRA.
E FUI EMBORA, SEM DAR EXPLICAÇÕES.
DIMENSÕES DE ACORDO COM OS TOMATES.


UMA CÂMERA QUE INSTALEI NA SACADA DE CASA GRAVOU UM ASSALTO À MÃO ARMADA.
REPRODUZI ESSE VÍDEO EM CDs E OS DEPOSITEI EM CONFESSIONÁRIOS DE IGREJAS, EM MESAS DE REPARTIÇÕES PÚBLICAS E SEDES DE ÓRGÃOS MILITARES.

CARIMBEI EM CÉDULAS DE DINHEIRO A SEGUINTE PERGUNTA:
“DE QUEM É ESSE DINHEIRO?”


RECUPEREI A PRIMEIRA CARTA DE AMOR QUE RECEBI NA VIDA, FIZ CÓPIAS E AS DISTRIBUÍ ENTRE REVISTAS E FILMES PORNOGRÁFICOS POR VÁRIOS LUGARES DA CIDADE.
DIMENSÕES ESTRANHAS


ESCREVI CARTAS DE AMOR A PESSOAS DESCONHECIDAS E AS DEPOSITEI EM SUAS CAIXAS DE CORREIO. NÃO ASSINEI E NEM DEIXEI ENDEREÇO PARA RESPOSTA.
ESTOU ATÉ HOJE AGUARDANDO QUE ME FAÇAM O MESMO.


PRODUZIR PLACAS COM NOMES DE RESTAURANTES E AFIXAR EM LIXOS E DETRITOS PELA CIDADE.
DIMENSÕES GRANDES


Uma colega nossa, que é mediadora da Mostra Zona Franca, a Tati, também entende um pouco de LIBRAS e nos atentou para o grave problema que é não ter nenhum intérprete contratado, até mesmo na equipe de mediadores. O Estêvão e eu tentamos produzir as frases e as ações pela intuição, sem nos darmos conta de que, por exemplo, a construção de frases para quem não ouve é muito diferente daquela usada por nós. A Tati disse, por exemplo, que a conjugação dos verbos, os tempos verbais precisam ser outros, no infinitivo, mais diretos. Dado isso, percebemos a dificuldade deles em interpretar o que propúnhamos. Contudo, em geral estavam bem empolgados com a oficina e dispostos a fazer mesmo. O que foi fundamental para o fechamento do trabalho.
Eles foram divididos em quatro grupos e o resultado de cada um deles foi ótimo. Em pelo menos dois, percebeu-se não só uma interpretação do que estava proposto, mas uma transcendência, uma outra leitura. Foi lindo mesmo.
Mesmo assim, fica o alerta. Já conversamos sobre isso e a Letícia, coordenadora do Espaço Educativo aqui, está providenciando esse contato para solicitarmos o intérprete, que julgamos de vital importância. Após a mediação – nós havíamos recebido a turma antes do roteiro – a Tati veio falar conosco e ficou mais evidente que, embora eles curtam a visita e a oficina, a compreensão, a troca, o diálogo se torna essencial para avançar no entendimento da idéia do artista e, conseqüentemente, transcendê-la.
Enquanto esse profissional não surge aí, o Estêvão e eu estamos reformulando os cartazes para podermos trabalhar melhor – imaginamos – com uma próxima turma.


OFICINA 2: O Outro Lado da Fala

Engraçado propor a mesma oficina para um grupo de falantes e, embora, a compreensão da proposta seja mais ágil, o resultado não seja assim tão tocante ou questionador ou reflexivo. Ficamos com a interpretação literal dos enunciados, sem falar no grupo que não quis apresentar. Eles estavam cansados, após caminharem pelo roteiro.
Nota: comunique-se bem com o professor, seduza-o para que ele te ajude na oficina. Mas, se não der certo, se a expectativa não corresponder, é bobagem. Propor já é tudo. A semente se planta e a incompletude, associada à preguiça, é só um mero obstáculo, que faz parte do processo.


José - Espaço Educativo

terça-feira, 4 de setembro de 2007

uma obra, muitos papéis

Postando atrasado, oficina realizada em 03/09.
Foi bem massa!!

LOCAL: Espaço de Convivência do Zona Franca
DURAÇÃO: 30-40 min.
MEDIADORES: ANA LÍDIA, JAQUELINE, JOSÉ E TELMA
ESCOLA: Inácio Montanha (Azenha)
SÉRIE: 2º ano do Ensino Médio
QUANTIDADE DE ALUNOS: 15
ROTEIRO PERCORRIDO: Três Fronteiras e, parcialmente, Zona Franca


Os indivíduos se distribuem em quatro mesas, de maneira mais ou menos uniforme. A cada uma delas é atribuído um papel social, sorteado por um dos integrantes da mesa. Os papéis podem ser variados e, neste caso, foram escolhidos em função do roteiro que eles percorreram. Inicialmente, pensando na mostra Três Fronteiras, os papéis foram: GOVERNANTE, PUBLICITÁRIO, ÍNDIO NATIVO, TURISTA. Devido à informação de que eles visitaram a obra do Yoshua Okon, o papel GOVERNANTE foi trocado por POLICIAL.

Lê-se essa notícia (eventualmente ela terá que ser melhor explicada, grupo a grupo):

SÃO PAULO - A empresa colombiana Probación Cultural S/A, que na manhã de hoje adquiriu por R$ 1,19 bilhão o controle e uso de todas as obras da 6ª Bienal do Mercosul, situadas na Mostra Três Fronteiras, mais especificamente os trabalhos de Daniel Bozhkov, Minerva Cuevas, Jaime Gili e Aníbal Lopes, estuda a possibilidade de, no futuro, investir numa campanha que possa tornar esse tipo de negócio rentável, no Brasil. Segundo o diretor de estratégia corporativa internacional da companhia, Pablo Ramirez, a atividade "tem maior potencial de crescimento do que a transmissão de conhecimento". Mesmo assim, a empresa colombiana vai continuar investindo em escolas e cursos técnicos no Brasil, a fim de consolidar sua posição na América do Sul. O executivo adiantou que a companhia irá participar do próximo leilão de obras que será realizado em novembro. Segundo Ramirez, a empresa tem interesse em todas as produções locais que serão oferecidas no leilão.Sobre a compra, o executivo informou que os recursos são provenientes do caixa da companhia e de financiamentos em geral. Porém, não revelou a proporção em que o pagamento foi estruturado. Ramirez adiantou ainda que o principal agente cultural no Brasil será brasileiro, mas não anunciou seu nome.A companhia colombiana venceu o leilão das obras ao oferecer R$ 38,09 por lote de mil ações, um ágio de 57,98% em relação ao preço mínimo estabelecido, de R$ 24,11 por lote de mil ações.

Os grupos sociais são residentes no Brasil (ou estão no Brasil, no caso dos turistas) e devem discutir o que farão em relação à venda das obras. Em seguida são distribuídos materiais para que eles expressem o que discutiram e se apresenta para o grande grupo.

O resultado foi bastante satisfatório, pois em geral, houve bastante engajamento nos seus papéis, boas discussões. Os policiais, por exemplo, pensaram em pedir ajuda aos publicitários para fazer uma campanha que “elevasse a moral” da sua classe, que seria, com certeza, mal vista, após a exposição das suas imagens, na obra do Yoshua Okon. Os publicitários aproveitariam a situação para se associar à empresa compradora e se associariam à Bienal. Os turistas fariam um protesto na sede da empresa, requisitando as “suas obras” de volta. É interessante notar como os índios foram os que tiveram uma produção de desenhos mais intensa. Uma das meninas, representando o grupo, falou na indignação que seria a venda da mostra. “Vamos ficar quietos nas nossas ocas. Isso não nos beneficiaria em nada.”

José
Espaço Educativo - Cais

ações de guerrilha robletenses

Amanhã o nosso amigo Estêvão e eu, José, iremos coordenar uma oficina para surdos-mudos. Pretendemos, de maneira divertida e inspirados pelas sugestões de ações do Dario Robleto (presente na Mostra Zona Franca) e pela disseminação terrorista do Cildo Meireles ("Quem matou Herzog?"), que eles encenem algumas propostas, divididos em grupos.

Imaginamos que será bem divertido.
Amanhã postamos o que aconteceu.


José
Espaço Educativo - Cais

tinha um barco no meio do caminho


Reproduzo na íntegra a proposta de uma oficina e a real execução dela, hoje, pela manhã.

Viva a impermanência!








PROPOSTA DE OFICINA

Retoma-se o núcleo do Leopoldo Estol e se faz um comentário sobre como as coisas estão interligadas. Exemplos práticos.

Exercício: entrega-se o carretel de linha para um indivíduo. Ele irá contar sobre o seu dia, começando com o primeiro acontecimento. Em seguida, passa o carretel para o próximo, que faz o mesmo e assim, sucessivamente. Ao final, teremos a história de uma pessoa e muitos fios ligando todos eles. Sugere-se que um deles se mexa para ver como esse movimento afeta todos os outros.

Após todos se desenrolarem, se houver tempo, cada um faz um desenho para lembrar da história que foi contada.

Fechamento: Mostrar como todos ocuparam o espaço e ajudá-los a relembrar a história. Lembrar dos núcleos do Waltercio Caldas e do Alberto Greco e ligar com o exercício, mostrando, com isso, que as coisas estão interligadas.

OFICINA REALIZADA

A proposta da história foi bem contemplada e a turma participou, embora parecessem cansados. Então foi proposto que todos caminhassem juntos, puxados pela teia que se formou com o barbante e todos se dirigiram à parte de fora do Cais. Contudo, a presença de um barco ancorando no porto foi muito mais atrativa e eles logo esqueceram o exercício. Tentou-se um fechamento, retomando a história e sugerindo a presença do barco durante o dia do personagem, mas todos já estavam se dirigindo ao ônibus. Mesmo assim, propôs-se que retornassem o material que produziriam (seja escrevendo a história, pintando, desenhando) e, afora a presença do barco, todos se mostraram bem dispostos e, inclusive, enrolaram o carretel de linha e devolveram, agradecendo e se despedindo.

Foi divertido ver as crianças pedindo para andar no barco, perguntando por que não podiam, sugerindo formas de fazê-lo, a despeito dos cuidados da segurança para que não subissem no gradil.
José
Espaço Educativo - Cais

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Filosofia

"A vida é uma arte que desenha sem usar borracha."

Esta frase surgiu hoje, em um exercício de desenho proposto pela mediadora Ana Lídia para os alunos da Escola Santa Rita, que visitaram a mostra Conversas. A autora da frase é da 5ª série, e reconheceu na arte a subjetividade e o pensamento dos artistas.

Montanha

domingo, 2 de setembro de 2007

Criando oficinas


Montanha

Dia de abertura

Montanha

Marulho

Montanha